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Parceria CECOL/USP e CROSP para melhorar a qualidade da fluoretação da água em SP
A adição controlada de flúor à água de abastecimento público, como parte do tratamento, contribui para diminuir os níveis de cárie dentária na população. Embora os especialistas em saúde pública saibam disso há muito tempo, o que se está constatando em pesquisas mais recentes é que essa medida preventiva contribui também para diminuir as desigualdades nos níveis de cárie entre populações com condições socioeconômicas diferentes. Como o Brasil é um dos países que registram as maiores desigualdades em todo o mundo, especialistas em saúde pública vêm analisando o que o País pode fazer nos próximos anos para atenuar essas desigualdades e ampliar os benefícios da fluoretação. A pesquisa “Cobertura e Vigilância da Fluoretação da Água no Brasil”, coordenada pelo Centro Colaborador do Ministério da Saúde (CECOL/USP), reuniu de 27 a 29/11/13, na Faculdade de Saúde Pública, especialistas vindos de várias universidades, de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal. Para o coordenador do evento, professor Paulo Frazão, “embora a fluoretação das águas já beneficie cerca de 120 milhões de brasileiros, ainda há muito por fazer nessa área”. Para o especialista, “pelo menos mais 30 milhões de pessoas, aproximadamente, poderiam se beneficiar da fluoretação das águas na próxima década, mas é preciso que o Brasil se prepare para isto, treinando e qualificando o pessoal que atua nos setores de saúde e saneamento, aprimorando os processos tecnológicos e os sistemas de informação e de vigilância da qualidade da água”. Para o coordenador do CECOL/USP, prof. Paulo Capel Narvai, a pesquisa representa “um grande e estratégico esforço coletivo, com participação de dezenas de instituições, públicas e privadas, de todo o Brasil, para melhorar a qualidade da água que a população consome”. Segundo o pesquisador, “trata-se de uma pesquisa multicêntrica que tem apoio do CNPq e do Ministério da Saúde e, no caso específico do Estado de São Paulo, também do Conselho Regional de Odontologia (CROSP)”. Em 28/11/13 o Presidente do CROSP, Dr. Claudio Miyake assinou na USP um Acordo de Cooperação Interinstitucional com o CECOL, com vistas à realização, em 2014, de uma pesquisa que identificará as condições da fluoretação da água em todos os municípios paulistas. “Apesar do avanço obtido nas últimas décadas na cobertura da fluoretação, o Estado de São Paulo, ainda tem mais de 5 milhões de habitantes privados desse benefício da Saúde Pública e pode melhorar ainda mais seu desempenho no setor”, afirmou o professor Narvai, coordenador do CECOL/USP. Falando aos pesquisadores de todo o País reunidos na USP o Dr. Claudio Miyake destacou a importância das parcerias entre as universidades e as entidades odontológicas e elogiou a disponibilidade da Faculdade de Saúde Pública para “apoiar o CROSP na pesquisa sobre a fluoretação em São Paulo”. Foi enfático ao dizer que o propósito da pesquisa FluorSP-2014 (Pesquisa Estadual sobre Fluoretação da Água de Abastecimento Público em Municípios Paulistas, em 2014) “não é substituir a indispensável ação do Poder Público”, mas “contribuir, apoiar a Vigilância Sanitária para que ela execute com ainda mais qualidade as ações que realiza”, com vistas a “melhorar a qualidade da água utilizada por todos os paulistas”, concluiu.
