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Fluoretos em águas da região Amazônica: teor surpreende em Manacapuru, AM

Dentre os achados que mais intrigaram os pesquisadores das universidades brasileiras que participaram do Projeto Vigifluor, em 2015, foi a constatação de que no município amazonense de Manacapuru, localizado cerca de 100 km ao sul de Manaus, o teor de fluoreto (F) detectado na água de abastecimento público era bastante próximo ao encontrado em localidades que adicionam esse elemento à água, para prevenção da cárie dentária.

A observação chamou a atenção dos pesquisadores porque, de modo geral, predomina naturalmente uma baixíssima concentração de F, em torno de 0,01 ppm F, nas águas da região Amazônica.

O achado vem sendo objeto de novas investigações científicas para ampliar e aprofundar os conhecimentos sobre o fenômeno que supreendeu os pesquisadores do projeto Vigifluor, pois as águas provenientes de diferentes mananciais de Manacapuru apresentam teores que variam em torno de 0,6 ppm F, considerado um teor ótimo para a região.

Nesta semana, o site da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), da Unicamp, informa sobre as atividades com essa finalidade que vêm sendo desenvolvidas entre aquela universidade paulista e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Para saber mais, clique aqui.

A iniciativa abrange projetos em desenvolvimento em ambas as universidades e resulta, também, de articulações no âmbito da Rede Brasileira de Vigilância da Fluoretação da Água de Abastecimento Público (Rede Vigifluor), que tem o apoio da Faculdade de Saúde Pública da USP, por meio do CECOL/USP - Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal. 

O Projeto Vigifluor deu origem ao livro "Cobertura e vigilância da fluoretação da água no Brasil: municípios com mais de 50 mil habitantes", disponível para download gratuitamente no portal de livros abertos da USP.